quarta-feira, 23 de março de 2011

Pela licença-maternidade de 6 meses

O tempo voou e no último dia 14, acreditem, acabou a minha licença-maternidade. Na verdade, acabaram as férias que consegui emendar na licença que, na empresa onde trabalhava (sim, trabalhava), era de apenas quatro meses. E o resultado foi esse mesmo: deixei o emprego, pelo bem da minha princesinha.

As mamães, só elas, vão entender e não irão me chamar de reclamona. Quem é mãe com M maiúsculo, como eu, que cuida da filha sozinha, sabe o que é passar cinco meses dormindo no máximo 5 horas por noite; pegar remédio, colocar na colher e pingar o leite do peito com o bebê no colo, e chorando. Vai entender o que é fechar gaveta e pegar objetos no chão com um dos pés; chorar junto quando a cólica não passa; as dores na coluna quando o filho faz que vai dormir mil vezes e acorda de novo...

Como deixar então esse fofurinha com 4 meses em casa? Entendo que, em outros casos, como quem tem horário "normal", a creche funcione bem, para quem não amamenta. Mas eu trabalhava à noite, sim, naquele horário do banho, do chororô pra dormir, da vontade de mamar...Papai não ia dar conta. E eu também não.

Desde quando decidi engravidar, sabia que isso poderia acontecer. Por isso, planejamos e estruturamos tudo. Hoje, vou cuidar da Sofia e trabalhar pra mim.

Hoje vejo que licença de seis meses não é luxo nenhum, é necessidade, é respeito com a mulher e as crianças. O Senado aprovou a obrigatoriedade da licença-maternidade de seis meses tanto para o setor privado quanto o serviço público, no ano passado. Agora, é aguardar o resultado na Câmara.

Vamos reivindicar!