segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Susto na amamentação

Amamentar sempre foi pra mim algo certo, natural e lindo. Durante a gestação, fiquei absolutamente tranquila com isso, porque na minha família todas sempre tiveram bastante leite. Além disso, tinha bico e, aos 7 meses, já produzia leite.

Mesmo assim, sabia que seria difícil. Sempre pedi ao meu marido e à minha mãe, que foi fundamental nesse processo, que nunca me deixassem desistir. Não queria que meu bebê fosse filha de NAN.

Então, o grande susto veio com o nascimento da Sofia. No segundo dia, minha mama estava enorme e começando a ficar dura. A pega da bebê é boa, foi desde o início, mas eu não percebi que a posição não estava tão boa assim, e começaram as fissuras.

Quando a enfermeira me mostrou, entrei em pânico. Imaginei aquele sofrimento de ter de amamentar mesmo com o bico machucado e saindo sangue.

No outro dia, o leite desceu com tudo. Quando cheguei em casa, quis logo ir ao Hospital da Polícia Militar. Quem mora em Vitória (ES) sabe que aqui só as enfermeiras de lá dão jeito em qualquer problema de amamentação. Meu medo era que, com a mama tão empedrada, Sofia não conseguisse mamar direito.

Fomos até lá: eu, papai, vovó e Sofia. Um anjo disfarçado de sargento Andreia me atendeu. Sabe tudo do assunto. Me ensinou novas posições, deu milhões de dicas, mas até ela se assustou. Tivemos de massagear as mamas com muita força e tirar o leite com bomba elétrica (a vácuo).

Não consigo descrever a dor. Mas Deus dota as mães com uma força sem igual. O trabalho se estendeu para o fim de semana. Tive de receber a enfermeira em casa ou os problemas poderiam ser maiores.

Uma dica para as mamães: o leite desce com força no quarto e quinto dias após o parto, foi o que disseram. E o meu já estava empedrando.

Foram quatro dias de ajuda da Andreia. Eram 200ml, 300ml de leite a cada ordenha. E de duas em duas horas eu tinha de massagear eu mesma o peito. Dureza.

Comprei bomba elétrica, porque a manual ia acabar com minha mama. Poderia machucar mais. Foram uns 20 dias assim. Não sobrava mais tempo para nada.

Após a mamada em um dos seios, a outra mama tinha de ser esvaziada com a bomba. Inclusive de madrugada. E isso porque (graças a Deus), minha filha mama de duas em duas horas. Mais do que isso, a mama poderia empedrar.

Virei doadora para o Banco de Leite do hospital. No fim, deu tudo certo. Há uns 10 dias, a mama começou a voltar ao normal, com uma produção mais controlada do leite.

Minha sorte foi que as fissuras não continuaram. O bico ficou íntegro. Para isso, não usei protetor nem concha de amamentação. Tinha de ficar o dia todo com o máximo de ventilação no seio. Isso evitar os fungos.

A maior lição que tirei disso tudo é que é preciso procurar ajuda logo no início. E a paciência deve ser a maior aliada das mães.

Até mais!

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

A princesa chegou

Ela chegou! Minha princesinha quis vir ao mundo antes da hora, apressada que só ela. A previsão do parto era para o dia 27, mas no dia 20 de outubro ela decidiu nascer! Sofia avisou que era o dia D às 7h26 da manhã.

Como a mamãe já não estava dormindo nada naqueles últimos dias de gestação, foi fácil marcar a hora no relógio quando veio a primeira cólica. Parecia uma dorzinha de barriga normal. Mas, naquele momento, me lembrei de uma amiga dizendo que é fácil fazer essa confusão.

Então, comecei a marcar os minutos, e as cólicas vinham de 20 em 20 minutos. Papai e vovó estavam dormindo. Eu, com uma calma que não tenho, me levantei e fui guardando na mala coisas pequenas que ainda não estavam lá. Graças a Deus, o principal estava pronto.

Lá pela terceira cólica tive certeza de que eram contrações. Então, avisei calmamente ao papai: "Amor, acho que Sofia quer nascer". Depois, avisamos a vovó. E só eu estava calma.

Ligações para a médica, uma gotinha de sangue, nada de bolsa romper. Mas o tempo entre as contrações diminuiu. Mesmo assim, arrumei tudo, dei as coordenadas e fui tomar banho. Calma estranhamente boa que tomou conta de mim. É algo que vem com a maternidade.

No hospital, as dores aumentaram e já comecei a fazer cara de dor enquanto esperava por meu apartamento. Daí em diante, tudo foi tão rápido que nem consegui me despedir direito do papai e da vovó.

O que posso dizer é que respirar fez toda a diferença na sala de cirurgia (foi cesárea). A anestesia foi tranquila e os obstetras maravilhosos me fizeram rir muito.

Após alguns saculejos (sim, a gente sente), Sofia apareceu, toda enrugadinha, muito grande e fofa, fazendo a mamãe rir e chorar ao mesmo tempo. O pediatra estava tão apaixonado que queria roubar meu bebê (rs).

Incrível aquele momento em que mãe pode sentir e tocar seu bebê. Rostinho com rostinho. O chorinho para imediatamente. Ali eu vi Deus. E a sala estava cheia de anjinhos.

Sofia nasceu com 51 cm e 3,670 quilos, grandona, a maior do berçário, cheia de saúde. Eram 11h25.

Coisa mais linda foi ver o papai, com um sorriso lindo no rosto, chegar no quarto, com a princesa no colo, de vestido branquinho.

Demorei quase um mês para conseguir sentar em frente ao computador e acessar o blog, por causa de dificuldades na amamentação (se é que posso chagar de dificuldade ter leite em excesso), mas isso é assunto para o próximo post.

Até mais!

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Pré-natal com pediatra?

Sim, para muitas mamães isso pode soar estranho, mas foi uma das melhores coisas que fiz durante a gravidez. Por isso, vale um post, mesmo que curtinho, para dar a dica.

Sabe aquele montão de coisas que a gente ouve no trabalho, na padaria, na ginástica, no curso de gestante, da mãe, da tia e da desconhecida? Pois é: peneirar isso tudo não é tarefa fácil.

Foi a minha ginecologista que me orientou a marcar uma consulta com um pediatra quando cheguei ao oitavo mês de gestação. Já existem alguns profissionais acostumados com isso.

No meu caso (acredito que seja regra), a consulta foi particular. Basta apenas uma. Eu levei uma listinha, mas nem precisei ficar recorrendo a ela. A pediatra me deu uma aula com as coisas mais importantes a fazer, tirou dúvidas que eu tinha e, o principal, quando a bebê nascer, basta ligar que a secretária me encaixa na agenda.

Digo isso porque algumas amigas tiveram dificuldade de marcar com um pediatra aquela consulta com 10 dias do nascimento. A médica da Sofia, por exemplo, não pega pacientes novos. Só quem fez a consulta de pré-natal antes do nascimento.

Além disso, a agenda deles é lotada e muitos se descredenciaram dos planos de saúde, pois estão em momento de negociação do reajuste no valor repassado pelas consultas.

Então, para recapitular, as vantagens de ir antes ao pediatra:

1- Você tira as dúvidas com um especialista.
2 - Garante marcação de consulta após o nascimento com mais facilidade.
3 - Já pode ver antes se gosta do médico e se houve empatia. Importante!
4 - Não tem de ficar depois procurando médico que atende pelo seu plano.
5 - Compra apenas itens de higiene e medicamentos necesários, que são indicados pelo médico.
6 - Já fica com o celular do profissional para casos de emergência.

Ah, claro, na hora de escolher, peça indicação das amigas que já têm filhos.

Isso me deixou muuuuito mais tranquila. E agora falta pouco para a baixinha chegar!

Até a próxima!

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Chá em rosa e marrom

Que essa duplinha tem colorido muitas festinhas por aí não é novidade para a maioria. Rosa e marrom têm um quê de romantismo e de elegância, combinam com aquele estilo shabby chic...Então, viraram pano de fundo para o Chá de Fraldas da Sofia. Eu queria algo bem feminino, delicado e informal, pra todo mundo ficar à vontade. Vou compartilhar umas ideias, com os devidos créditos.

O convitinho. Melhor fazer contas antes e especificar o tamanho da fralda para cada convidada.


Os cupcakes de chocolate com morango ganharam cobertura de marshmallow e confetes de estrela e coração. As forminhas marrons foram enfeitadas com fitinha e botão.

Em vez de torres tradicionais para cupcakes, caixinhas de madeira foram forradas com tecido de algodão marrom com poás rosinhas, com laço de fita de gorgurão. Aqui, a mesa posta com bombons e biscoitos.

Pirulitos de chocolate com flocos de arroz, no baldinho de alumínio. Enfeites de carrinho de bebê, flor, chupeta, em pasta americana.  

Não podiam faltar musses na tacinha. De maracujá e de morango.

Detalhes das trufas com palitinho e laço.

Dá pra ver os desenhos nos bombons?

Sobre a mesa de doces, varalzinho com o nome da princesinha. Mesmo tecido da torre de cupcakes e grampos floridinhos.

Mesa com os salgados: sanduichinhos, quiches e folhados. Ao lado, sucos e sachês de café, capuccino e chás. Tudo com peças de vidro e bandejas brancas de MDF.
Todas as delícias são de Cristina e Celly.

Para as mesas, pirulitos de marshmallows coloridos e pote de vidro com jujubas.


Lembrancinhas: latinha da Oficina de Arte Lizu com palha italiana com castanha da Cristina e Celly.

Até a próxima!



segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Uma cadeira para a princesinha

Mesmo antes de engravidar, já era um sonho ter uma cadeira de madeira, no estilo Império ou com as curvas sinuosas do mobiliário de Luís XV, tudo bem afrancesado, digamos assim. Por isso, a decoração do quartinho da minha princesinha foi um prato cheio para dar vida a essas paixões.
Da ideia à cadeira pronta e restaurada, foram meses de pesquisa e muitas idas e vindas a lojas de tecido. E, como me orgulhei do resultado, peço licença para dividir a experiência de decoração.
O que valeu, pra mim, além da economia, foi ter uma cadeira única e integrada à decoração do quartinho. Vamos aos passos. Para quem mora em Vitória, aproveito para indicar quem prestou o serviço.

O móvel
A internet foi sim a base das consultas. Imagens reunidas, comecei a sondar lojas e antiquários daqui e de fora. Mas, como os valores passavam dos R$ 1,5 mil, continuei a procura. Parti então para lojas de móveis usados.
Sim, isso mesmo. Você pode descobrir maravilhas nelas. Então, após dois telefonemas, achei uma dupla de cadeiras. Ninguém sabia ao certo qual era o estilo. Segui para a loja a fim de conferir de perto os móveis.
Surpresa! Duas cadeiras lindas, de madeira (não conseguimos especificar qual), envernizadas, com braços e pés entalhados, tecido no encosto, no assento e para apoio dos cotovelos.
Logo vi que não era Luís XV, por causa do encosto sem detalhes, mas me agradou assim mesmo. Mais tarde, descobri ser uma réplica de cadeira no estilo Luís Felipe (o duque d’Orleans), que caracteriza o mobiliário de 1830 a 1848, segundo minhas pesquisas.
Eu fiquei com uma, e a outra foi para a princesinha de uma amiga. Negócio fechado.

A restauração
Como os móveis do quarto da Sofia são branquinhos, optei por pintar a cadeira de branco fosco, mas no estilo provençal, com cantinhos desgastados. Combinou com o berço e os espelhinhos antigos que vão ficar penduradinhos na parede. Mas isso é um outro capítulo.
O restaurador (Paulo Sfalcin - 33259166) foi indicado por uma empresa de estofamento. Liguei, gostei e deu certo.

O tecido
A busca pelo tecido foi, sem dúvida, a parte mais complicada. Primeiro, porque, na minha cabeça, só idealizava esse tipo de cadeira com um floral grande, mas em cores suaves.
Segundo, como já tinha definido as cores do quarto (rosa, branco e bege), precisava seguir os tons. Além disso, já tinha um protetor de berço, com vários tecidinhos estampados (floral, xadrez, poá e listradinho), além dos papéis de parede. Tarefa difícil essa de combinar, descombinando.
Cinco lojas percorridas e a sensação era de que nenhum se encaixava. Então, fui de novo à internet e lá estavam uns tecidos Donatelli. Achei em Vitória a loja (Stampa) que revende o produto e...pronto. Lá estava ele.
O estofador (Edilson – 3324-7265 ) foi indicado pelo Paulo, que fez a pintura. Além do capricho, conhece cadeiras desse tipo.

Resultado

É claro que nunca se sabe como vai ficar com o quarto todo montado. Mas, quando chegou a cadeira, foi só satisfação. E Sofia ganhou um móvel lindo para muitos e muitos anos. Quando ela crescer, mamãe vai achar a penteadeira certa para fazer um belo par com a cadeira.

Na semana que vem conto mais do quartinho.


Contagem regressiva: Só falta um mês e meio!

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Depois do sétimo mês

Conduzi a gravidez sem frescura e consegui chegar à 32ª semana muito bem. Era o que eu queria. Pressão arterial normal, taxa de glicose baixa, nada de anemia. Os inchaços ainda não começaram.

Mas, incrível como na última semana qualquer tarefa começou a ficar mais difícil de executar. Para quem não parou um minuto na gravidez toda, é um desafio.

É claro, a barriga está bem maior e mais pesada. Subir a escada na mesma velocidade, não dá. Para dirigir, achar a posição ficou mais complicado. Virar na cama, com um pouco mais de esforço. Mas o pior está sendo a falta de ar. Acho que Sofia anda comprimindo meus pulmões!

Os médicos já contaram que ela está bem sentada, mas isso é o de menos. Se não der para virar, tudo bem! O que interessa é que ela está ótima e vive mexendo para responder à mamãe.

Mas deu para sentir que não tem jeito: chega uma hora em que é preciso simplesmente "parar". Não é deitar na cama e ficar lá o dia todo. É respeitar os limites, agendar menos compromissos, achar motoristas para você pegar o volante o menos possível.

Por isso, o ideal é mesmo tentar deixar tudo organizado até o sétimo mês. Ficando só pequenos detalhes para o final, melhor. Meus prazos acabaram atropelados, mas agora está quase tudo certo.

Agora sim, hora de arrumar a malinha da maternidade!

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Dia dos Pais

No "nosso" primeiro Dia dos Pais, quem ganhou presente foi a Sofia. Claro que tudo com a cara do papai.
A blusinha da Zara é para os dois passearem bastante por aí tirando onda!


E, como superfã, papai mandou vir o CD com as músicas do U2 para bebês (Rockabye Baby! Lullaby Renditions of U2). Enquanto isso, mamãe aproveita para afastar a ansiedade aos 7 meses de gestação.


Virou a trilha sonora para esquecer do estresse do trânsito: de "One" a "Angel of Harlem", passando por "Beautiful day" e "The sweetest thing", tudo instrumental para ninar o baby. E não é que ela fica quietinha mesmo?

E a pequena já vai aprendendo a ser fã do Bono desde a barriga. Quando crescer, vai cantar junto com o papai.

Boa semana!

quarta-feira, 28 de julho de 2010

E tudo fica cor-de-rosa...

As mães, principalmente as de primeira viagem, sabem que a ansiedade insiste em bater à porta muitas e muitas vezes durante a gravidez. Primeiro é a descoberta da novidade, depois o sexo do bebê, as mudanças no corpo, a roupa que não cabe, o medo dos três primeiros meses, a espera por resultado de exames, a escolha da decoração do quarto, o tamanho das roupinhas, a roupa que não cabe mais ainda....
Mas, nada disso tem a menor importância diante da postura dos papais.

Já que o dia deles vem chegando, é a hora certa de dizer que tudo passa e o mundo fica cor-de-rosa no momento em que eles se derretem de carinho pela barriga.

Papai Wendel conversa tanto com a Sofia que só ele consegue acalmá-la nos dias em que ela está agitada. Bastou o toque dele na barriga: aí mamãe e bebê entram em relaxamento total. Ela para de chutar na hora.

Ouve-se muito sobre o que o bebê pode ou não captar, como os sons. Mas, independente disso, ver o papai e o bebê interagindo é mágico. Mamãe vira coadjuvante, com maior prazer.

Aqui em casa, papai sempre se despede da mamãe na hora de ir trabalhar. Agora também se despede da Sofia, na barriga. Na hora de dormir, a mesma coisa.

E eu já fico imaginando como será o relacionamento dos dois.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

O mundo romântico de Sofia

Demorou, mas chegou a hora de colocar um novo post. Os últimos meses foram uma mistura de ansiedade, felicidade e descobertas. Some a tudo isso um milhão de orçamentos, coisa que só quem tem um bebê conhece. Alguns se importam menos, mas eu estou naquele grupinho que revira revistas, internet, bate-papo com amigos, liga, liga de novo, inventa, até chegar ao produto final. E tem de ser perfeito.

Não, não recomendo essas maluquices às mães, mas não condeno quem se dedica a buscar todos esses mimos. E a minha paixão é, sim, o quartinho da Sofia. Por isso, os últimos meses foram tão corridos.

Dias atrás, pessoas diferentes me disseram coisas totalmente contraditórias ao me ver com minha inseparável agenda (acompanhada é claro das pastinhas: uma de decoração, uma de orçamentos e outra de exames).
"Nossa, como você é organizada!" e "Vai ficar maluca com essa loucura de agenda".

Nem um, nem outro. A questão é: toda mãe e só ela pode definir como conduzir todas as coisas relacionadas à gravidez, como o quarto do bebê. A minha loucura e ao mesmo tempo meu maior prazer estão na organização das primeiras coisinhas da minha fofinha. E o momento é mágico, mais ainda quando as coisas começam a ganhar forma.

E, quando ninguém me entende, eu sorrio por dentro. Se para uns, uma fralda pintada e outra bordada não têm diferença; se o protetor de berço pode ser igual a 800 outros, pra mim, cada detalhe tem um porquê. É o  momento de sonho de construção do mundinho da coisa mais preciosa da sua vida.

E o mundo da Sofia vai ser cor-de-rosa... branco e bege, bem romântico, florido e feminino. E único.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Ninguém me disse que era assim

Alguém disse a você que a maternidade é dividida em antes e depois do parto? Para início de conversa, vamos deixar claro que o período antes do parto não se resume aos meses de gravidez. Mulheres ensaiam a maternidade com as primeiras bonecas e seguem fantasiando, ao longo de décadas, que tipo de mãe serão. Muitas escolhem o nome dos futuros filhos (e até quem vai ser a madrinha) antes de conhecer o pai das crianças.

Do exame positivo às contrações, o tempo passa numa fração de segundo. Precisamos comprar roupinhas (e achar roupa bonita para gestante), passar galões de óleo de amêndoa na barriga, selecionar os conselhos que serão usados, fazer convites do chá de fralda e descobrir por que o bercinho não foi entregue. Depois do parto, as fichas caem feito um caça-níqueis premiado em Las Vegas.

Ninguém contou para você que um bebê tinha capacidade pulmonar para chorar tanto e, aparentemente, sem motivo. É aí que a maternidade começa. Agora, você vai ter a preciosa oportunidade de comprovar na prática toda a teoria de sonhos.

O corpo muda, assim como a rotina, as atitudes, as prioridades, o humor. Nenhuma crise mundial é mais séria do que a cólica. A economia passa a ser regida pela cotação da fralda noturna extra plus comfort dry. A indústria cinematográfica é repudiada ao lançar filmes contendo maus-tratos infantis. Ok, você não tem mais tempo de ir ao cinema, mas quem quer ver criancinhas sofrendo daquele jeito?! Você quer enxergar o mundo cor-de-rosa (ou azul-clarinho, dependendo do sexo). E, se o bebê herdar justamente seu maior defeito (o dedo torto do pé), você até vai achar que, nele, é fofinho.

Outra característica que surge depois do parto: a modificação do seu círculo de amizades. Amigos antigos, porém com o grave defeito de não ter gravidez no currículo, serão deixados em banho-maria.Um ímã invisível (ou o cheiro de Hipoglós?) vai atrair outros casais com filhos, numa espécie de seita na qual todos se entendem e ninguém repara se o leite vazou.

As gracinhas infantis monopolizam a conversa. Para não esquecer nada, você fotografa, filma, anota tudo. E, quando chega sua vez de contar, Meryl Streep incorpora e... palmas para as últimas do bebê! É importante observar que depois do parto o cuti-cutismo vira idioma oficial da casa, paciência.

Ainda no setor da comunicação: se antes do parto você não pronunciava a palavra "cocô em público, prepare-se para narrar diarreias, arrotos e puns, como um Galvão Bueno pediátrico em final de campeonato, até na frente das visitas. A amamentação dá adeus a qualquer timidez. Para saciar a fome do bebê, você não hesita em levantar a blusa e mostrar o peito em pleno corredor do shopping. Caso apareça a barriga fora de forma, encare como uma missão humanitária: as garotas precisam ver mães de carne e osso em ação. Senão elas vão idealizar que é facílimo parir e emagrecer feito a cantora de axé Claudia Leitte - já reparou que as mães-celebridades adoram dizer que "secaram" em tempo recorde e exibir o abdome irritantemente sarado antes de o umbigo do bebê cair?

Depois de virar mãe, comemos o restinho da papinha com peninha de jogar no lixinho (e, assim, engordamos mais um pouquinho). Por maior que seja o cansaço, mesmo à beira da estafa, acordamos no meio da noite quantas vezes for necessário. E continuamos assim depois que eles crescem. Babamos tanto pela cria que algum desavisado pode achar que é a nossa gengiva que está rompendo para vir dentinho. E as caretas ridículas, as cantorias desafinadas? Vale qualquer mico em troca de uma risada gostosa.

A maternidade também provoca insanidades na volta ao trabalho. Conheço mães que se negam a ter o logotipo da empresa como fundo de tela no computador - não com tantas fotos lindas no pen drive! Nós somos capazes de chorar junto na hora de tomar vacina. E de deixar todas as televisões da casa serem monopolizadas por canais infantis (aceite assistir pela milésima vez o mesmo desenho e veja que uma criancinha é capaz de decorar todas as falas de todos os personagens).

É, minha amiga, ninguém disse que ia ser fácil criar um filho, ainda mais botar o fofo de castigo. E não voltar atrás, mantendo a firmeza. Até esses momentos deixam saudade. Mas pode ter certeza de que, sempre que o telefone tocar, você vai largar tudo e atender com aquele tom de voz açucarado. Não importa se o seu bebê estiver com 2 anos ou 20.

O tempo, que espicha a contragosto nossas crianças e faz nascer bigodes e peitinhos, também mostra que as fases seguintes são igualmente mágicas. Acompanhar o crescimento de um filho (apesar de ver que o dedo torto do pé ficou ainda mais parecido com o seu) é um presente dos deuses. Como faz bem perceber que seu bebê virou uma pessoa educada e responsável (liste os elogios que quiser). Dá orgulho e, mais do que isso, alívio - mesmo sem manual, nós conseguimos!

Antes e depois do parto se tornam uma deliciosa nostalgia. Daqui para a frente, você vai seguir sendo solicitada. Prepare-se para estar a postos antes do primeiro dia de aula e depois (pontualmente), na hora da saída. Antes da prova de biologia e depois da nota baixa. Antes do primeiro beijo e depois de um fora. Antes do novo emprego e depois que eles saírem de casa. A vida nem sempre vai ser generosa, até os adultos engatinham às vezes.

Ainda bem que nós, mães, somos fortes como muralhas. Temos colinho liberado, um coração cheio de amor, o conselho certo na hora certa - além de estoque de band-aid e bolo de chocolate. Os filhos seguem seus caminhos sabendo que podem contar sempre com a gente. Antes, depois e principalmente durante.

*Texto da cronista e publicitária Magali Moraes para Revista Claudia Bebê

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Só na cadeirinha

Choro e falta de paciência não são desculpa para descuidar da segurança dos filhos no carro. E, a partir do próximo dia 9, quem for flagrado transportando crianças de até 7 anos e meio sem o equipamento apropriado vai levar multa de R$ 191,54. A infração é gravíssima, com perda de 7 pontos na carteira de habilitação.
Como as dúvidas são muitas e as cadeirinhas estão até sumindo das lojas, reuni informações do site Criança Segura para quem ainda não escolheu o equipamento certo.
O primeiro passo é conferir o Guia da Cadeirinha, que especifica os equipamentos indicados por idade (até 1 ano; de 1 a 4 anos; de 4 e 7 anos e meio). Outras dúvidas o Denatran esclarece abaixo:

1. Por que as crianças devem usar cadeiras e cintos de segurança?

Mesmo uma batida relativamente leve pode ser um evento muito violento. Um passageiro que não estiver usando cinto de segurança pode ser jogado com uma força maior do que o peso do seu corpo. A força da batida pode também causar o deslocamento de órgãos internos, provocando ferimentos graves. Cintos e cadeiras de segurança corretamente usados podem ajudar a minimizar o movimento de um passageiro dentro do carro:

• Prevenindo a expulsão da pessoa;

• Distribuindo as forças do impacto entre as partes mais fortes do corpo e protegendo a cabeça e a coluna vertebral;

• Considerando que os cintos de segurança dos carros não atendem as necessidades físicas e de desenvolvimento das crianças, de dispositivos de retenção para criança em veículos (cadeira e assento de segurança) adequados são necessários e imprescindíveis.

2. Quando posso colocar meu filho de frente para o movimento?

A Academia Americana de Pediatria recomenda que as crianças devem ter um mínimo de 12 meses e um peso mínimo de 9 kg antes de ficar de frente para o movimento. Antes disso, seus ossos e ligamentos não estão desenvolvidos o suficiente para suportar as forças de uma colisão frontal.
A posição de costas para o movimento reduz o risco de danos na medula espinhal numa colisão frontal, já que a concha da cadeira de segurança segura o pescoço e divide as forças da batida nas costas. A maioria das cadeiras de segurança para bebês tem um limite de 9 a 10 kg, mas as cadeiras mais atuais têm um limite de até 13 kg. Essas cadeiras fornecem uma melhor proteção para as crianças, mesmo depois de completarem um ano.

3.Todos os assentos de segurança (booster) que eu achei requerem cintos de 3 pontos, mas meu carro só tem cinto subabdominal no banco de trás. O que eu posso fazer?
Você tem duas opções:
• Instalar um cinto de três pontos em seu banco traseiro. Contate o fabricante de seu veículo para mais informações; ou
• Usar um veículo alternativo que tenha cinto de 3 pontos no banco de trás. Qualquer veículo que seja modelo 1998 em diante deve ter.

4. Quando eu sei que meu filho está pronto para mudar de um assento de segurança (booster) para o cinto de segurança?

A criança deve andar em assentos de segurança até que o cinto de segurança sirva corretamente. Isto significa que:
• A criança consegue apoiar as costas no encosto e dobrar o joelho na borda do banco sem deslizar para frente;
• O cinto subabdominal deve ficar ajustado sobre os ossos dos quadris e não no abdômen;
• O cinto de 3 pontos deve passar confortavelmente sobre os quadris e no centro do ombro e não no pescoço;
• Se nenhum desses critérios for atingido, é provável que a criança ainda precise de um assento de segurança.

5. Eu tenho mais filhos do que espaço no banco de trás. O que devo fazer?

Segundo o Código de Trânsito Brasileiro, crianças com menos de 10 anos devem andar no banco de trás. Caso isso não seja possível, a melhor opção é que a criança mais alta do grupo sente no banco da frente, utilizando a cadeira ou o assento de segurança. Afaste o banco da frente o máximo possível do painel e, caso tenha airbag, desligue-o. Bebês de costas para o movimento nunca devem ser colocados no banco da frente com airbags ativados.

6. O meu filho está mais seguro atrás do motorista ou do passageiro?

Os lados direito e esquerdo de trás são similares, fato baseado em características fatais de acidentes. Quando escolher entre eles, algumas considerações devem incluir a disponibilidade de uma porta, acesso a outros passageiros, se a criança precisa ser monitorada, distrações do motorista, etc. A decisão final deve ser feita pelos pais e pelas pessoas que cuidam da criança.

7. Por que um bebê não está seguro no colo da mãe quando é transportado no carro?

Os acidentes de carro são imprevisíveis e acontecem muito rapidamente, deixando pouco tempo para reação. O tempo médio de reação de um adulto é de ¾ de segundo, o que é muito lento para evitar o acidente. Mesmo que você pudesse reagir rapidamente, uma criança que pesa 10 kg, em um acidente a 50 km/h, teria um peso equivalente a 500 kg, ou seja, igual a um filhote de elefante.
A mãe pode esmagá-la ou, provavelmente, não conseguirá segurá-la e a criança será jogada contra outros passageiros, contra o vidro dianteiro ou para fora do veículo.

8. Como identificar se uma cadeira ou outro sistema de proteção está certificado dentro dos padrões de segurança?

Os modelos americanos certificados têm etiquetas nas quais se lê: “Esta cadeira atende aos requisitos das normas federais de segurança viária”; os modelos europeus certificados têm etiquetas com algum destes códigos: E1, E2, E3, E4, que indicam em qual país ocorreu a certificação; e os modelos brasileiros devem identificar que seguem a norma NBR 14.400 e ter o selo do INMETRO.

9. O ônibus da escola dos meus filhos não tem cintos de segurança. Isso não é perigoso?

Transportar as crianças na ida e volta da escola é um assunto importante para o sistema escolar, para pais e responsáveis. A maioria das crianças mortas ou feridas em acidentes com ônibus escolares estava entrando/saindo do ônibus ou estava fora do ônibus. Os ônibus escolares são, estatisticamente, a melhor forma de transporte terrestre. A questão de haver cinto de segurança em ônibus escolares entretanto, é complexa.
Crianças em grandes ônibus escolares são protegidas por um sistema chamado “compartimentalização”. Esse tipo de transporte é projetado com o conceito do “ovo em sua embalagem”, mantendo as pessoas confinadas e distribuindo as forças do acidente em uma ampla área do corpo.
Os ônibus escolares pequenos que pesam menos que 4,5 toneladas devem estar equipados com cintos subabdominais, já que sofrem as forças de um acidente de uma forma similar aos carros.

Fonte: http://www.criancasegura.org.br/

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Herchcovitch para filhotes

Depois de Ronaldo Fraga, é a vez de Alexandre Herchcovitch levar sua ousadia para as roupinhas de criança. Marcas do estilista, como padronagens em xadrez, listras e estampas; cores que passeiam pelo vermelho, preto, laranja e cinza, além da tradicional caveira, estão na linha criada para a C&A.
É a primeira coleção completa infantil do estilista. Os modelos seguem o estilo de Herchcovitch, mas com “cara de criança”. "Acredito que a infância é a fase ideal para já começar a experimentar e criar um estilo próprio", afirma em entrevista à Revista Crescer.

Ao todo, são 45 peças para meninas e meninos, com numerações de 4 a 14 anos, entre roupas, acessórios e calçados, além de peças das marcas Barbie e Hot Wheels. As roupas chegam à rede a partir de 20 de maio, com pré-venda na internet a partir de 11 de maio.
 



Abaixo, trechos da entrevista para a Crescer.
- Esta é sua primeira coleção completa para crianças. Qual é o foco desta linha?
Alexandre Herchcovitch: Até hoje eu só tinha criado algumas camisetas infantis, mas que são vendidas na minha loja. Para a C&A, eu reproduzi os clássicos da minha marca em tamanho infantil. O resultado foram roupas de modelagem mais ajustada, ao contrário das peças para criança que geralmente são bem amplas, largas.

- Qual é a sua peça preferida nesta coleção?
AH: O jeans, que é mais justo do que os tradicionais. Considero uma peça importante da coleção por que é uma transposição da moda atual de adultos para as crianças.

- Qual é a diferença de produzir roupas para crianças e adultos?
AH: Além das diferenças físicas, as crianças fazem um outro tipo de uso das roupas. Mesmo que elas estejam indo para uma festa, por exemplo, vão se comportar como se estivessem indo a um parque para brincar.

- Tem algo que você não gosta na moda infantil?
AH: Não tem nada que eu não goste. As crianças têm muita liberdade para se vestir, elas têm de aproveitar essa fase para usar o que quiserem. Depois, quando se tornarem adultas, poderão se sentir menos livres ao ter de se adaptar à roupa de trabalho, por exemplo. Acredito que a infância é a fase ideal para já começar a experimentar e criar um estilo próprio.

- Quais dicas você daria para os pais na hora de escolher as roupas para os filhos?
AH: Levar as crianças na hora da compra. Assim elas já podem mostrar sua personalidade ao se vestir.



Outros mimos para fashionistas
 
Melissa Vivienne Westwood para crianças
 
 
 
  Fofuras de Ronaldo Fraga
 

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E para quem pode: Baby Dior






segunda-feira, 3 de maio de 2010

Pilates, gravidez e parto


Os benefícios do pilates são incontáveis, e isso não é mais novidade. Mas, para mim, a consciência corporal foi o melhor. Quando engravidei, já fazia pilates há mais de um ano. Então, após conversas com minha médica e com a fisioterapeuta, decidimos manter as aulas, mesmo nos três primeiros meses, quando a orientação é ficar de molho.

Começar o pilates após saber da gravidez não é o indicado pelos profissionais da área. Mas, para quem já tem a prática como rotina e tem uma vida saudável, não há problema. De qualquer forma, o melhor é conversar com médico e fisioterapeuta, pois cada caso é um caso.

Para a minha felicidade, o meu caso não teve contraindicação. E já passei os três primeiros meses "pilatando". É claro, sem as abdominais e respeitando o ritmo do corpo.

Pra quem quer saber mais, segue um texto publicado no site da Revista Pilates:

Pilates reduz dores do parto

Manter-se em forma antes, durante e depois da gravidez é o desejo de toda mulher. As fórmulas parecem ser mágicas, mas o segredo é um só: a dedicação. Seguir as orientações do obstetra é regra absoluta, somada à alimentação balanceada e, claro, aos famosos exercícios físicos monitorados. Musculação, dança, caminhada, tênis, entre tantos, a dúvida fica em qual escolher.

É importante lembrar as “barrigudinhas” que mais do que pensar em belas curvas, na gestação é preciso garantir a saúde do bebê e, se possível, facilitar o momento do parto. E são justamente essas as funções do método de Pilates para as futuras mamães. Criada no século XX, pelo atleta alemão Joseph H. Pilates, a técnica é indicada para reabilitação e condicionamento físico geral e bem-estar. Seu sistema de exercícios melhora a flexibilidade, consciência corporal, equilíbrio e força, sem a hipertrofia muscular (crescimento dos músculos) e promove harmonia, equilíbrio, concentração e coordenação motora.

A fisioterapeuta, pós-doutoranda em Pilates na USP, especialista no Método Pilates Clássico pela Escola Canadense STOTT PILATES Education Program e membro da Pilates Method Alliance (PMA) nos Estados Unidos, maior órgão representativo do método no mundo, Eliane Coutinho recomenda que, passado o primeiro trimestre, as gestantes que desejam um parto tranquilo e a volta a boa forma mais rápida podem praticar Pilates. “Os exercícios fortalecem os músculos do assoalho pélvico (períneo) e resultam na maior sustentação do útero e fortalecimento do abdômen. Ajuda ainda o equilíbrio entre a força de expulsão e a de contenção do feto dentro do útero”, explica.

Para as mulheres que já eram adeptas da atividade antes da gravidez, a especialista ressalta que a única diferença está na adaptação dos exercícios para a nova condição feminina, com exceção das gestantes consideradas de risco. “É fundamental a presença de um instrutor que conheça bem as alterações anatômicas, fisiológicas e biomecânicas da gestante”, destaca.

Mas, conforme a fisioterapeuta, a notícia que seduz as grávidas é que o método também contribui para a diminuição das dores do parto. “Com o abdômen mais forte, a força de contração será maior, diminuindo assim o tempo de expulsão do feto e, consequentemente, o tempo de dor”, informa Eliane.

No período do pós-parto, o Pilates também ajuda a mamãe a entrar em forma novamente. A fisioterapeuta esclarece que os exercícios tornam mais rápida a recuperação do abdômen, da força e da flexibilidade. Além disso, mulheres que tiveram parto normal podem retomar a rotina de exercícios após 30 dias. Já, no caso de cesariana, é preciso aguardar liberação médica.
Fonte: http://gazetaweb.globo.com

terça-feira, 27 de abril de 2010

É menina!

Quando cheguei à clínica para o segundo ultrassom, não imaginava que conseguiria saber o sexo do bebê. Mesmo assim, segui orientações de uma amiga de que a partir da 13ª semana era possível ver se seria uma menina ou um menino, dependendo da boa vontade da criança.

Logo que as imagens apareceram no grande monitor de LCD à minha frente, vi que o bebê parecia se divertir. Dava pulinhos, cruzava as pernas e até mostrou as mãozinhas com dedinhos formadinhos. Quando o papai entrou na sala e conversou, mexeu ainda mais.

Pode parecer besteira, mas no dia anterior conversei com minha barriga. Contei que íamos ao médico e a mamãe ia ver o neném. E, durante o exame, lá estava meu bebê, brincando. A partir daí, foi fácil para o médico, que é fera, com paciência, descobrir o que tanto se esperava, mesmo sem ninguém dizer.

Menina! Eu chorei, o papai ficou todo bobo e saímos superfelizes.

Eu me senti agraciada por conseguir ver tão cedo o sexo. Agora, a nova tarefa é escolher o nome da princesa...

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Doutoras de plantão

Um dos dilemas mais difíceis, principalmente nos dois primeiros meses da gravidez, esteve na forma de retribuir toda a atenção que as amigas, não amigas, colegas, conhecidas de lojas e desconhecidas da aula de pilates começaram a me dar. Passado o êxtase das semanas logo após a descoberta, a enxurrada de perguntas e orientações das mais diversas começou a me irritar um pouco. Sem falar de mãos que aparecem do nada para pegar numa barriguinha que ainda nem apareceu direito.

"Tem que comer feijão duas vezes por dia", "Não coma carboidratos", "Se der fome, beba água", "Como assim você continua no pilates nos três primeiros meses de gestação", "Já decidiu que parto vai fazer?", "Tem que ficar menos ansiosa"...

Como ficar menos ansiosa com tanta (des) informação. Diria que minha médica, que não é fresca nem gosta de frescura, sabendo da minha alimentação equilibrada desde que me entendo por gente (graças todos os dias pela mãe que tenho), apenas recomendou: "Coma bastante fruta e beba água. Intervalos menores entre as refeições e porções também menores."

Para mim, bastou. Mas eu não sei de onde saem tantas outras "doutoras". E o duro é ter de ficar sorrindo para ser gentil, enquanto a outra fica condenando a forma que você escolheu para levar a gestação. E, leitoras que estão me achando totalmente sem paciência, por favor, não me julguem.

Opiniões de algumas pessoas foram e são muito bem-vindas, como de amigas fofas que ganharam bebês há pouco tempo, minha maravilhosa mãe, minha terapeuta (mãe de quatro) e algumas pessoinhas que encontramos por aí que não fazem terrorismo, nem falam que você está gorda e com espinhas e nem lembram de casos ruins, que prefiro não comentar. Apenas ficam alegres, e apoiam, e passam aquele carinho em um abraço. Vale mais do que mil palavras, bem clichê!

Hoje, na minha 12ª semana, eu já contornei a situação. Aprendi a tapar o ouvido, sem que precise usar as mãos, e a guardar bem guardadas as experiências de quem vale a pena.

E é assim que vamos, eu e meu bebê, sem frescura!

terça-feira, 6 de abril de 2010

1º mês: tem neném aqui?

Depois de ouvir de uma amiga que a dúvida paira em outras cabeças, vi que não era loucura de uma grávida só. Mesmo com dois exames (um de farmácia e um Beta, exame de sangue para confirmar a gravidez), os poucos sinais no corpo ainda me deixavam insegura.
Imagina: você é avisada de que carrega um outro serzinho. O que sabe é que a menstruação não veio na data prevista. No máximo, os seios um pouco mais fartos e idas mais frequentes ao banheiro. Era assim que eu estava quando descobri a gravidez.
Passei uma semana ainda alugando meu marido: será que tem mesmo neném aqui? Não deixei que ele contasse a novidade. Também não falei no trabalho. Só os íntimos sabiam. E então os proibi de espalhar a boa nova. Santa neurose!
Acho que os hormônios (é verdade mesmo) já estavam maluquetes. A gente não controla, e vocês vão me ouvir dizer isso bastante ainda.
Já entrando no segundo mês, aí sim, começaram os enjoos e ganhei um quilinho. Nada de que se tenha de orgulhar, né, mas naquele momento me fizeram acreditar mais no que eu já sabia.
Não sosseguei até marcar a primeira ultrassonografia. Exatamente na 8ª semana. E o mundo mudou de cor!
Eu não sabia fazer outra coisa além de sorrir. Meu bebêzinho apareceu na tela com seus 21mm, deu uma mexidinha e ouvi seu coraçãozinho a 166 batimentos por minuto.
Ainda tive a bênção de ter o papai ao lado. Toda mulher merece isso!

quinta-feira, 1 de abril de 2010

A grande notícia

Este é o primeiro post após o início da grande viagem na qual embarquei. Em fevereiro, ainda de férias, após um ano difícil, mas importante, recebi a notícia mais singela que uma mulher pode receber: um bebê está para chegar. A insegurança de uma mãe de primeira viagem me fez guardar o segredo. Apenas a família e amigos mais próximos foram informados da novidade.
Agora, depois de dois meses e meio de gravidez, todos sabem da minha felicidade, dividida com o papai, que está radiante, embora preocupado. Mas isso é assunto para outro dia.
Por isso, adiei a ideia de colocar no blog esse turbilhão de emoções. Como elas já não cabem em mim, transformei o Saia em um diário de mãe, para dividir com mais gente tantos prazeres e dilemas.
Mais pessoal, impossível. Despretensioso, um refúgio para aqueles dias que fica difícil aguentar a pressão.
E, pensando na enorme lista de amigas que também devem embarcar nessa viagem daqui a pouco, acho que vale a troca de ideias.

Até a próxima!

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Miss Imperfeita


'Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber se isso é possível, me ofereço como piloto de testes. Sou a Miss Imperfeita, muito prazer.
A imperfeita que faz tudo o que precisa fazer, como boa profissional, mãe, filha e mulher que também sou: trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao supermercado, decido o cardápio das refeições, cuido dos filhos, marido (se tiver), telefono sempre para minha mãe, procuro minhas amigas, namoro, viajo, vou ao cinema, pago minhas contas, respondo a toneladas de e mails, faço revisões no dentista, mamografia, caminho meia hora diariamente, compro flores para casa, providencio os consertos domésticos e ainda faço as unhas e depilação! E, entre uma coisa e outra, leio livros. Portanto, sou ocupada, mas não uma workholic. Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres.
Primeiro: a dizer NÃO.
Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO. Culpa por nada, aliás. Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero. Pois inclua na sua lista a Culpa Zero.
Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo para os outros.
Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse direitinho.
Você não é Nossa Senhora. Você é, humildemente, uma mulher. E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida interessante. Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável. É ter tempo.
Tempo para fazer nada.
Tempo para fazer tudo.
Tempo para dançar sozinha na sala.
Tempo para bisbilhotar uma loja de discos.
Tempo para sumir dois dias com seu amor.
Três dias.
Cinco dias!
Tempo para uma massagem.
Tempo para ver a novela.
Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de beleza.
Tempo para fazer um trabalho voluntário.
Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto.
Tempo para conhecer outras pessoas.
Voltar a estudar.
Para engravidar.
Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado.
Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente organizada e profissional sem deixar de existir.
Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal.
Existir, a que será que se destina? Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra. A mulher moderna anda muito antiga. Acredita que, se não for super, se não for mega, se não for uma executiva ISO 9000, não será bem avaliada. Está tentando provar não-sei-o-quê para não-sei-quem..
Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de si. Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo! Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente. Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e vir.
Desde que lembre de separar alguns bons momentos da semana para usufruir essa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela.
Desacelerar tem um custo. Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o hotel decorado pelo Philippe Starck e o batom da M.A.C. Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso, francamente, está precisando rever seus valores.
E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante'

Esse texto é da Martha Medeiros, jornalista que escreve na Revista do jornal O Globo. E que todas tenham o privilégio de ter tempo!

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Um ano novo da cor do céu

Está claro que meu tempo não rendeu nos últimos meses e o Saia Bordada ficou carente de posts novos. Mas com a chegada do novo ano, este espaço tem de ser preenchido com coisas boas e lindas, que é o que todo mundo deseja para a sua vida.

Relembrando 2009, sei exatamente o que quero levar para 2010 e deixar tudo azul. E como a cor-tendência para o ano que chega é cheia de significado, combinei com cada desejo uma peça ou ambiente pra gente se inspirar.

O primeiro de tudo: Saúde, para mim e todos que amo. Não só o desejo por ela, mas a busca por ela, diariamente. Nada paga um corpo em perfeita ordem. Por isso, foquei e levo à frente: meu pilates, boa alimentação (com direito a algumas ‘escorregadas’, porque faz parte) e água, muuita água (isso ainda estou aprendendo).













Em segundo, Tranquilidade e Paciência. Juntas, sim, porque são as duas que vão manter minha mente em paz, como num dia de praia, num refúgio de sol e mar.


De posse dos dois primeiros, chego ao terceiro desejo, mas não menos importante: tempo precioso com a família.

Depois, os amigos, poucos e bons. Assim sempre foi e é do jeito que levo em frente. Tenho escolhidos à minha mesa.


Trabalho, muito trabalho, mas com respeito, confiança e paz. Prosperidade nos novos projetos. E tomando conta disso tudo, Deus, grande amigo ao qual desejo me aproximar muito mais a cada dia.


Aproveitando a moda do azul,
misture os tons e
espalhe por aí tudo o
que a cor traz de bom!