segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Susto na amamentação

Amamentar sempre foi pra mim algo certo, natural e lindo. Durante a gestação, fiquei absolutamente tranquila com isso, porque na minha família todas sempre tiveram bastante leite. Além disso, tinha bico e, aos 7 meses, já produzia leite.

Mesmo assim, sabia que seria difícil. Sempre pedi ao meu marido e à minha mãe, que foi fundamental nesse processo, que nunca me deixassem desistir. Não queria que meu bebê fosse filha de NAN.

Então, o grande susto veio com o nascimento da Sofia. No segundo dia, minha mama estava enorme e começando a ficar dura. A pega da bebê é boa, foi desde o início, mas eu não percebi que a posição não estava tão boa assim, e começaram as fissuras.

Quando a enfermeira me mostrou, entrei em pânico. Imaginei aquele sofrimento de ter de amamentar mesmo com o bico machucado e saindo sangue.

No outro dia, o leite desceu com tudo. Quando cheguei em casa, quis logo ir ao Hospital da Polícia Militar. Quem mora em Vitória (ES) sabe que aqui só as enfermeiras de lá dão jeito em qualquer problema de amamentação. Meu medo era que, com a mama tão empedrada, Sofia não conseguisse mamar direito.

Fomos até lá: eu, papai, vovó e Sofia. Um anjo disfarçado de sargento Andreia me atendeu. Sabe tudo do assunto. Me ensinou novas posições, deu milhões de dicas, mas até ela se assustou. Tivemos de massagear as mamas com muita força e tirar o leite com bomba elétrica (a vácuo).

Não consigo descrever a dor. Mas Deus dota as mães com uma força sem igual. O trabalho se estendeu para o fim de semana. Tive de receber a enfermeira em casa ou os problemas poderiam ser maiores.

Uma dica para as mamães: o leite desce com força no quarto e quinto dias após o parto, foi o que disseram. E o meu já estava empedrando.

Foram quatro dias de ajuda da Andreia. Eram 200ml, 300ml de leite a cada ordenha. E de duas em duas horas eu tinha de massagear eu mesma o peito. Dureza.

Comprei bomba elétrica, porque a manual ia acabar com minha mama. Poderia machucar mais. Foram uns 20 dias assim. Não sobrava mais tempo para nada.

Após a mamada em um dos seios, a outra mama tinha de ser esvaziada com a bomba. Inclusive de madrugada. E isso porque (graças a Deus), minha filha mama de duas em duas horas. Mais do que isso, a mama poderia empedrar.

Virei doadora para o Banco de Leite do hospital. No fim, deu tudo certo. Há uns 10 dias, a mama começou a voltar ao normal, com uma produção mais controlada do leite.

Minha sorte foi que as fissuras não continuaram. O bico ficou íntegro. Para isso, não usei protetor nem concha de amamentação. Tinha de ficar o dia todo com o máximo de ventilação no seio. Isso evitar os fungos.

A maior lição que tirei disso tudo é que é preciso procurar ajuda logo no início. E a paciência deve ser a maior aliada das mães.

Até mais!

Um comentário:

  1. Dê ao seu filho o que há de melhor. Amamente!
    Quando uma mulher fica grávida, ela e todos que estão à sua volta devem se preparar pra oferecer o que há de melhor para o bebê: o leite materno.
    É muito importante, tanto para o bebê como para a mãe, amamentar até os dois anos de idade ou mais. O leite materno é o únio alimento que o bebê precisa, até os seis meses. Só depois se deve começar a variar a alimentação.
    Acontece que nem todas as mães sabem de todos os benefícios e deixam de amamentar mais cedo. Você pode ajudar nessa campanha divulgando materias e informações.
    Caso se interesse pelo tema, entre em contato com comunicacao@saude.gov.br e participe!


    Atenciosamente,

    Ministério da Saúde

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