quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Objeto de desejo

Não se trata de um iate, uma ilha para chamar de sua ou uma bolsa Chanel. O objeto de desejo em questão atravessa gerações encantando crianças e adultos e atende pelo nome de Barbie.

Minhas três Barbies da infância, guardadas até hoje debaixo das asas da minha mãe, pareciam ser sinal de que sou uma das fãs da cinquentinha famosa. Mas, quando veio a notícia de que a boneca teria em seus pezinhos sapatos de Christian Louboutin, bastou uma pesquisa na internet para saber que sobram por aí apaixonados que não medem esforços, e cifras, para ter aquele modelo de colecionador.

Mas o que são R$ 500 para uma Barbie vestida com o modelito-símbolo de Dior (foto acima)? Cifras se perdem, pelos se arrepiam, o coração bate querendo muito aquele exemplar. A lista de estilistas que vestem a moça não é pequena: Versace, Vera Wang, Carolina Herrera, Givenchy...


















Nas fotos, o preto "puro luxo"
de Givenchy e as noivas de
Herrera e Wang













E agora Louboutin vem presentear a Barbie com...sapatos, sim! As Barbies da vez chegam como ladra de jóias, com look safári e a terceira com vestido para arrasar no tapete vermelho de Cannes, todas ostentando Louboutin nos pés. Luxo!

As três versões serão vendidas por US$ 150 em caixas de sapatos Louboutin, com quatro pares de sapatinhos assinados por ele. Também será vendido um calendário para 2010, com fotos que simulam supostas férias da boneca e do estilista, que durante um ano teriam passeado por vários pontos turísticos de Paris.



E o melhor, em comemoração
aos 50 anos da Barbie, o designer
criou um sapato cor-de-rosa
em tamanho real!!!


Para quem curte cinema, além de incorporar Mary Poppins, Dorothy (O Mágico de Oz) e Princesa Leia (Star Wars), Barbie aparece em cena clássica de “Os Pássaros”, que parece ser a única versão em que a estrela não sorri. É o campeão!

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Meninos não choram

Por toda a vida, vi a minha mãe numa energia louca, sempre pra lá e pra cá, cuidando das filhas, da casa, do marido. Uma dor de cabeça qualquer nunca conseguiu derrubá-la. A gente sequer sabia quando algum problema de saúde estava incomodando. Era uma atitude clara para preservar a família, mas acabei descobrindo, com o tempo, que a minha mãe é um exemplo puro de mulher.

Raras são as que se deixam abater por qualquer gripe. Se estamos acostumadas com jornada tripla - trabalho, casa, filhos -, problema pequeno é bobagem. Que o diga a minha amiga Isabella Lamego, que desfilou semana passada pela redação, firme e fina, com um pé no escarpim e outro na botinha de gesso.

Pra nós é assim: umas mais hipocondríacas, outras menos, o jeito é dar logo um jeito na danada da enxaqueca, na TPM, na dor na coluna, na dor de cotovelo... A vida não dá tempo para dengo.

Isso deve ser coisa de hormônios, pensei eu nesta semana com meus botões de madrepérola. Por que, na ala masculina, tudo muda de figura? Já viu como eles fogem de um médico como o coisa ruim foge da cruz? Um simples analgésico parece até tortura, como se não servisse para parar a tal dor.

E aí vem aquele dengo todo, depressão, um dia inteiro sem conversar e várias outras artimanhas masculinas para disfarçar o medo. Sim, me parece medo, com toques de machismo passados de geração a geração.

E, se meninos não choram, justificam-se, com amplo repertório. O médico que quer operar a próstata não é muito bom: "Achei inseguro", dizem uns. O que mandou reduzir a cervejinha de todo dia "não sabe de nada". E nossos queridos super-heróis vão seguindo fazendo estripulias por aí, como se nada pudesse acontecer a eles.


Então, sobrou para nós cuidar dos nossos amores. Namorado, marido, pai, avô, tio, tá todo mundo na listinha da saúde. E tem até pesquisa da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU-SP) dizendo que 50% deles só vão ao médico por pressão da mulherada. Vamos ver se a campanha do Ministério da Saúde voltada para a ala masculina convence alguns de que médico não morde.

E, se alguém descobrir um remédio contra teimosia, tô fazendo negócio!